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Futebol 2007/2008

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Futebol 2007/2008 Empty Futebol 2007/2008

Mensagem  forumcartaxo Ter 18 Mar 2008, 13:26

Comenta todas as jornadas do Futebol Portugues 2007/2008

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Futebol 2007/2008 Empty 23ª Jornada

Mensagem  Bernardo Costa Ter 18 Mar 2008, 13:33

1. FC Porto 57
2. Benfica 41
3. V. Guimarães 41
4. V. Setúbal 37
5. Sporting 37
6. Sp. Braga 33
7. Belenenses 33
8. Marítimo 31
9. Boavista 31
10. Nacional 29
11. E. Amadora 25
12. Académica 23
13. Naval 23
14. Leixões 21
15. P. Ferreira 19
16. U. Leiria 9

14-03-2008

U. Leiria 0-1 V. Guimarães
15-03-2008

Académica 0-0 Belenenses
Leixões 1-2 F.C. Porto
16-03-2008

P. Ferreira 2-1 V. Setúbal
Boavista 2-1 E. Amadora
Sp. Braga 3-0 Naval
Marítimo 1-1 Benfica
17-03-2008

Sporting 4-1 Nacional


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Futebol 2007/2008 Empty Re: Futebol 2007/2008

Mensagem  Bernardo Costa Ter 18 Mar 2008, 13:50

Bernardo Costa escreveu:Ora bem esta jornada a minha estrelinha de ouro vai para o Paços de ferreira que conseguiu uma vitoria suada e com todo o merito apos um adversario dificil, a2 estrelinha vai para o boavista que finalmente parece que abriu os olhos e a 3 vai para o Braga apos ter feito um bom jogo...
Em relaçao ao Porto, estou farto de ver sempre a mesma coisa e depois ainda vem falar do binya e do cardozo e que o benfica compra arbitros, enfim,...
Benfica entrou com uma nova tatica, talvez tivesse tirado o luis filipe e punha o Maxi pereira.
Rui costa no banco, acho bem!!Tem que descansar e o benfica precisa de aprender a jogar a bola sem ele, é triste dizer que o rui costa é o melhor jogador do benfica tem 35 anos porra!!!!nao pode acontecer isto numa equipa como o benfica...
Na 1 parte gostei de ver o benfica, quando começou acreditar mais nele e a jogar naquela nova estrategiam, dominou e fez o golo foi para o intervalo a ganhar..
2- parte mais uma vez, falta de frescura no meio campo
(petit), continuo a dizer que katsouranis nao é defesa, EdCArlos tem que aprender a jogar a bola, Excelente resposta do Maritimo, Tinha todo o trabalho de casa feito, dou os meus parabens ao treinador do maritimo, desgastou a defesa do benfica com um homem Forte e de seguida poe um homem fresco com uma boa tecnica e rapido.Bom golo...
Benfica tentou?arriscou?...este ano é para esquecer, temos que pensar ja no paços de ferreira que vem a luz a procura de uma vitoria...
Temos que segurar o segundo lugar.
Ainda nao acabou e fama temos nós!!!Do famoso inferno, Ultimos a baixar os braços os ultimos a deitar a toalha ao chao, acredito no benfica como acredito que o porto é campeao!!!
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Futebol 2007/2008 Empty Compreendemos a preocupação de Pinto da Costa» (Ricardo Maia)

Mensagem  Bernardo Costa Ter 18 Mar 2008, 13:56

O director de comunicação do Benfica, Ricardo Maia, diz que os encarnados compreendem a «preocupação de Pinto da Costa» perante a possível instauração de um processo sumaríssimo a Bruno Alves. O clube da Luz recorda ainda ao presidente do FC Porto as agressões a Óscar Cardozo nos últimos jogos.

Pinto da Costa disse esta manhã ter esperado pela instauração de um processo sumaríssimo ao avançado paraguaio, na sequência do lance com Tonel no último Sporting-Benfica, posição que mereceu a reacção do clube da Luz.

«Ainda bem que o presidente do FC Porto lembra o Óscar Cardozo, porque o nosso jogador foi mais uma vez agredido por um adversário no jogo com o Marítimo, e o árbitro não viu. Era um lance que deveria ter dado em expulsão e teríamos jogado contra dez, tal como o FC Porto quando defrontou o Marítimo», afirmou Ricardo Maia, em declarações à Antena 1.

«Lembramos ainda que o Óscar Cardozo foi vítima de uma agressão contra o U. Leiria, foi até suturado num sobrolho, e o senhor Vasco Santos, do Porto, também não viu», acrescentou.

Ricardo Maia não deixou, igualmente, de recordar o lance do central «azul e branco» Bruno Alves no jogo com o Leixões, objecto de análise esta tarde pela Comissão Disciplinar da Liga.

«Compreendemos a preocupação do senhor Pinto da Costa, porque aqui não se pode questionar a validade das escutas. Toda a gente viu mais uma agressão de Bruno Alves a um adversário», atirou.


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Futebol 2007/2008 Empty Esta jornada

Mensagem  Carlos Serra Qua 19 Mar 2008, 13:02

Bem este fim-de-semana o Benfica vai estar bem calmo, uma vez que pode parar para treinar e subir a terra depois destes dias de inferno!!!! O fim-de-semana vamos ter a final da Taça da Liga entre o Sporting e o Sétubal, eu aposto o Setubal, uma vez que este se esta a revelar o adversário mais dificilpara o Sporting duarnte esta época.

Para o campeonato, daqui a 2 semana, penso que o Benfica ganha, devido este paragem espero ver uma equipa mais moralizada, o porto vai processeguir o cmainho para o titulo e o Sporting espero que perca assim como o Guimaraes.LOL Estou a falar com o coação...
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Futebol 2007/2008 Empty Coincidências?

Mensagem  José Pato Sex 21 Mar 2008, 08:15

Como é possivel um jogador como o Bruno Alves(bom defesa) que é raro o jogo em que não comete uma agressão ou uma entrada mais rispida, e só tem um cartão amarelo na BWIN liga? É possivel ou há mão de alguém por trás?

José Pato

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Futebol 2007/2008 Empty Rspt Zé Pato

Mensagem  Bernardo Costa Sex 21 Mar 2008, 09:14

Zé nao acho coincidencia, de certeza absoluta que existe mao por tras disto, se nao vejamos, Oscar Cadozo foi hoje notificado que esta impedido de jogar 3 jogos pela UEFA, ou seja a agressao que ele cometeu perante o jogador do getafe, nao passou aos olhos da uefa....
Em Portugal uma agressao como a do Bruno alves, ja nao tem valor para processo disciplinar!!!!!
Acho que estamos a viver um momento muito mau no Futebol Potrugues agora pergunto o que é que é preciso mudar??
Acho que nao precisamos mais de Valentins Loureiros, nem De Pintos da Costa, chega queremos justiça....
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Futebol 2007/2008 Empty Final Taça da LIga

Mensagem  Bernardo Costa Sex 21 Mar 2008, 10:28

Final da Taça da Liga, Carlsberg Cup, que se realiza no próximo Sábado, pelas 20:30, no Estádio do Algarve. V. Setúbal e Sporting serão os finalistas de uma partida que dará um título inédito no panorama futebolístico nacional.
O Sporting tem feito bons Resultados nos ultimos jogos, tem mais alguma moral para jogar esta 1ª final, o Setubal tem feito uma época excelente e tem obtido resulados muito favoraveis contra o sporting apesar de ter perdido o ultimo jogo na liga contra o boavista!
Irá sem duvida ser um grande jogo...
Adorava ver o setubal a ganhar ao sporting e voces o que acham?
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Futebol 2007/2008 Empty Final Taça da LIga

Mensagem  Bernardo Costa Ter 25 Mar 2008, 13:46

Futebol 2007/2008 Nfpcaa10
Quem mais corre nem sempre ganha: esta é a primeira conclusão que se retira da estatística da final da Taça da Liga - dados oficiais fornecidos pela Liga de Clubes.

O desfecho da partida entre o Sporting e o Setúbal, decidido nas grande penalidades, pouco teve que ver, aparentemente, com o que se passou ao longo dos 90 minutos de jogo: os leões correram mais, atacaram mais, remataram mais, cruzaram mais, mas, na verdade, foram incapazes de criar uma única situação verdadeiramente de perigo para a baliza de Eduardo.

Dos seis remates efectuados pelo Sporting ao longo da partida, quatro foram para fora e dois à figura, ainda assim sem grande risco para os sadinos.

Já o Vitória, por sua vez, fez metade dos remates, apenas três, mas com mais emoção: um foi defendido; outro bateu no poste e fez levantar o Estádio Algarve; o último foi fora, mas deu ilusão de golo, de tal modo o esférico se encostou às redes de Rui Patrício.

O Sporting fez, de resto, 42 ataques, enquanto o Setúbal se ficou pelos 22, num jogo em que deteve também maior posse de bola: 56 por cento por parte dos leões, contra 44 por cento do Vitória.

Igualmente ao nível dos quilómetros percorridos no relvado, os leões levaram a melhor: quase 93 quilómetros, contra os 80 dos sadinos. A formação de Carlos Carvalhal optou por um jogo mais passivo, de expectativa, dentro do seu meio-campo, tendo o Sporting assumido, ainda que sem grandes efeitos, as despesas da partida.

O mau momento que a equipa de Paulo Bento está a atravessar na marcação de grandes penalidades foi, assim, da melhor forma aproveitado pelo conjunto de Setúbal. Polga, Liedson e Izmailov - este último numa estreia absoluta, com a camisola leonina, nos remates a partir da linha dos onze metros - falharam, e acabou por ser a equipa menos favorita a erguer a primeira Taça da Liga do futebol português, fruto de um meritório trabalho de paciência - e, claro está, também de alguma sorte. Por isso a "lotaria" dos penáltis é tão emocionante: depende também da sorte e do azar. O jogo foi morno, as grandes emoções chegaram todas no final...
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Futebol 2007/2008 Empty 24ª Jornada

Mensagem  Bernardo Costa Ter 25 Mar 2008, 13:49

Liga
Sexta-feira (28 Mar)
Vit.Guimarães - Marítimo, 20h30 (SportTV1).

Sábado (29 Mar)
Est.Amadora - Académica, 16h00.

Domingo (30 Mar)
Nacional - U.Leiria, 16h00
Sp.Braga - Leixões, 17h00
Belenenses - FC Porto, 19h00 (SportTV1)
Naval - Sporting, 19h15 (TVI)
Benfica - Paços de Ferreira, 21h15 (SportTV1)

Segunda-feira (31 Mar)
Vit.Setúbal - Boavista, 19h45 (SportTV1).
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Futebol 2007/2008 Empty Re: Futebol 2007/2008

Mensagem  Carlos Serra Ter 25 Mar 2008, 14:00

Esta semana somos os últimos a jogar, espero entrar em campo com a certeza que o segundo lugar não nos vai fugir!!! Força Maritimo. De resto para o Sporting deve ser uma visita fácil, o Porto, infelixmente deve dar mais um passo rumo ao titulo, e o Setúbal tem a difícil missão de ganhar ao Boavsta, ainda para mais depois dos excessos cometidos depois da rande vitótia da Taça da Liga. Vamos ver o que realemnte acontece....
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Futebol 2007/2008 Empty 24/ª jornada

Mensagem  Bernardo Costa Ter 25 Mar 2008, 14:06

Bem esta Jornada é interessante mais uma vez para os clubes pequenos...
O Porto vai ter uma deslocação nao muito facil mas acessivel, Vai a Belem e o Belenenses em casa nao é pera doce...
O Benfica teve Duas semanas para preparar este jogo, os jogadores tiveram mais que tempo suficiente para descansarem e pensarem bem no que estao a fazer, vai ser uma partida dificil, para o benfica, o Paços vem de uma vitoria e nao vem jogar para perder...
O Sporting, epa sinceramente sinceramente, só espero que o arbitro nao marque grandes penalidades a favor do sporting...
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Futebol 2007/2008 Empty Re: Futebol 2007/2008

Mensagem  Carlos Serra Ter 01 Abr 2008, 16:14

Bem a minha previsão não falhou muito. O Porto teve uma tarefa mais difícil do que esperava mas lá conseguiu a vitória rumo ao título. O Benfica entrou com a pressão do Guimarães, um jogo que não foi fácil mas o velhinho lá conseguiu dar alegrias aos benfiquistas. O Sporting teve um jogo controlado e uma vitória algo esperada, já o Setúbal não era um jogo fácil mas também conseguiu a vitória. Toda na mesma na frente do nosso campeonato, venha a próxima jornada...
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Futebol 2007/2008 Empty Classificação da 25ª Jornada

Mensagem  Bernardo Costa Sex 04 Abr 2008, 04:13

Clube Pts
1 Porto 60
2 Benfica 44
3 V.Guimarães 44
4 V.Setúbal 40
5 Sporting 40
6 Braga 34
7 Belenenses 33
8 Nacional 32
9 Marítimo 28
12 Académica 23
13 Naval 23
14 Leixões 22
15 P. Ferreira 19
16 Leiria 9
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Futebol 2007/2008 Empty Re: Futebol 2007/2008

Mensagem  Bernardo Costa Sex 04 Abr 2008, 04:17

Carlos épa esta semana nao posso comentar os jogos estive Doente nem vi o glorioso, tinha os bilhetes comprados e tudo e nao cheguei a ir ver o jogo!!!!
Epa mas fico felis pela nossa Grande vitória, vamos combater ate ao final, so faltam se nao estou em erro 6 jornadas sao 6 vitorias para o bnfica, vá 7 a contar com a deslocaçao a alvalade no proxima dia 16 de Abril com o Preço de 10€ o bilhete quem quiser ir já sabe!!!
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Futebol 2007/2008 Empty Re: Futebol 2007/2008

Mensagem  Bernardo Costa Sex 04 Abr 2008, 04:19

Jornada nº 25
Jornada



P. Ferreira | V.Guimarães
Académica | V.Setúbal
Porto | E. Amadora
Marítimo | Nacional
Leiria | Naval
Sporting | Braga
Boavista | Benfica
Leixões | Belenenses


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Futebol 2007/2008 Empty Re: Futebol 2007/2008

Mensagem  Bernardo Costa Sex 04 Abr 2008, 04:22

Esta sim será uma jornada para ver com Bons olhos, Jogos muito dificeis e com muito interesse, quem gosta de futebol, e de nao perder um unico jogo=)
Boa Sorte para o meu Benfica=)
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Futebol 2007/2008 Empty Re: Futebol 2007/2008

Mensagem  Carlos Serra Sáb 05 Abr 2008, 07:26

O Guimarães já empatou, agora espero que o Benfica ganhe para fiarmos com 2 pontos de avanço tas na altura de garantirmos o segundo lugar. O Porto espero que veja estrelas e só confirme o campeonato numa outra semana, afinal ainda faltam 5 jornadas e muita festa pode fazer mal. lol Num outro jogo espero que ganhe o Sporting mas o de Braga. eh eh

Até para a semana
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Futebol 2007/2008 Empty Porto Campeão 2007/2008

Mensagem  Bernardo Costa Ter 08 Abr 2008, 17:14

À 25ª jornada da bwinLiga foi encontrado o campeão da época em curso. O Porto venceu e garantiu uma diferença pontual que lhe garante matematicamente a renovação do título, que já ostenta há duas épocas e ampliou para 18 os pontos que o separam do segundo classificado.
Benfica e Guimarães empataram os respectivos jogos e mantêm-se, com 45 pontos, na luta pelo acesso à Liga dos Campeões, agora com o Sporting a apenas dois de distância, depois do triunfo em casa.
O Setúbal também empatou e caiu para a quinta posição, com 41 pontos, seguindo-se o Belenenses, que ganhou, com menos cinco.
A sétima posição pertence agora ao Marítimo, vencedor na jornada, que tem tantos pontos (34) como o Braga, derrotado em Alvalade. O Nacional, batido pelo rival madeirense, desceu para o nono lugar, com 32 pontos, tal como o Boavista, que empatou em casa.
Goleado no Dragão, o E. Amadora manteve os 28 pontos e tem agora a Naval, que ganhou fora, a dois de diferença.
A Académica somou um ponto com o Setúbal e afastou-se ligeiramente do Leixões, derrotado em casa. A formação da Matosinhos tem 22 pontos e a ameaça do Paços de Ferreira, agora com 20, depois do empate em casa.
A última posição continua a ser do Leiria, que voltou a não pontuar e mantém os 9 pontos.
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Futebol 2007/2008 Empty Campeão visto lá fora

Mensagem  Bernardo Costa Ter 08 Abr 2008, 17:15

O título ganho pelo F.C. Porto rapidamente ganhou eco em todo o Mundo. Poucos minutos passavam desde o final da partida, aliás, quando em França o Sport24 anunciou o campeão. O site francês foi o primeiro a fazê-lo. «Porto consagrado», titulou. «O F.C. Porto é oficialmente campeão português com 18 pontos de avanço».

A partir daqui as notícias sobre o campeão caíram com uma cadência admirável. «Porto goleia e conquista tricampeonato português», escrevia a Folha de S. Paulo. «Porto assegura o terceiro título consecutivo com estilo», dizia a Reuters. «Os recém-coroados campeões foram vistos no Estádio do Dragão por mais 45 mil adeptos», adiantava.

A CNN, por outro lado, não deixava de lembrar as suspeitas. «Porto vence terceiro título português consecutivo apesar de inquérito sobre corrupção», titulava o site da televisão norte-americana. «O Porto conquistou o triunfo mais cedo entre os 23 títulos que já ganhou», adiantava. «Apesar disso, o clube duas vezes campeão europeu arrisca perder seis pontos por corrupção em dois jogos de 2003/04».

Em Espanha, a Marca fala também de um «F.C. Porto, campeão pelo terceiro ano consecutivo», acrescentando que «este título tem um claro sabor argentino». «Lisandro Lopez é o melhor marcador, com 21 golos, e Lucho está sendo considerado o melhor jogador em assistências. Não poucos golos de Lopez foram com o concurso do compatriota Lucho», escreve o desportivo espanhol.

No Brasil, o Globo dá grande destaque em azul ao título portista. «Porto massacra e é tricampeão português», titula o site. «O Estádio do Dragão viveu um sábado de festa. O Porto não tomou conhecimento do Estrela Amadora, goleou por 6 a 0 e conquistou o tricampeonato português, fazendo a alegria da sua apaixonada torcida», escreve-se logo no primeiro parágrafo do texto que dá conta do título.

Na Holanda, o jornal NOS escreve que «o F.C. Porto foi campeão com uma goleada sobre o E. Amadora», referindo ainda que «só perdeu dois jogos em 25, marcou 49 golos e sofreu apenas nove». Na Bélgica, o HLN diz que «o F.C. Porto garantiu o 23º título da sua existência», acrescentando que «desde 2002, o clube só não foi campeão uma vez, em 2004/05, quando o Benfica conquistou o título».

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Futebol 2007/2008 Empty BenficaVsBoavista

Mensagem  Bernardo Costa Ter 08 Abr 2008, 17:19

Futebol 2007/2008 400x3310
Duas palavras ajudam a explicar este nulo: Peter Jehle. O guarda-redes do Boavista pareceu nascer destinado a ser herói nas grandes noites. Quem viu os jogos no Bessa do F.C. Porto e do Sporting sabe do que se fala. A partir daqui não é preciso dizer mais nada. Embora seja irresistível usar mais um adjectivo (só mais um): fantástico.

O futebol viveu muito de explosões individuais, aliás. Foi bom, é verdade que sim, acelerou o ritmo cardíaco e prendeu até ao fim, mas alimentou-se de rasgos. De Peter Jehle, mas também de Rodriguez, Di Maria, Léo, Nelson, Rui Costa, Mateus ou Zé Kalanga. Jorge Ribeiro, esse, fez a pior exibição do ano. O que condicionou.

Voltando atrás, ao primeiro parágrafo, Peter Jehle. Quando o nome de um guarda-redes ajuda a explicar um jogo, fica logo dita muita coisa. O Benfica foi melhor, teve maior iniciativa, criou mais jogadas de perigo, teve mais oportunidades de golo, fez por merecer mais a vitória. Faltou-lhe apenas conseguir concretizar as ocasiões que teve.

Sobretudo na segunda parte, o domínio encarnado foi enorme. Já no primeiro tempo a equipa tinha estado por cima, mas sem ser tão evidente. Uma entrada muito forte no regresso dos balenários começou por estabelecer distâncias que a entrada de Di Maria concretizou. O que indica também a importância de Chalana nesta segunda parte.

O treinador percebeu o crescimento encarnado e aproveitou um amarelo a Maxi Pereira para colocar o jovem argentino. Desviou Rui Costa para a direita e deu um carácter mais ofensivo à equipa. A partir daí o Benfica começou a criar ocasiões de golo com uma cadência admirável. Peter Jehle, Moisés e a barra foram obstáculos intransponíveis.

Mais alma boavisteira, mais futebol encarnado

Mesmo depois de ter ficado reduzido a dez jogadores, por expulsão justa de Rissut, o Boavista mostrou (maus trocadilhos à parte) uma chama imensa. Uma alma enorme, à imagem do treinador Jaime Pacheco que nem esteve no banco. Agarrou-se com unhas e dentes a um registo impecável em casa e segurou até ao fim um nulo precioso.

Até porque antes da segunda parte demolidora do Benfica, os axadrezados não tinham deixado nada ao acaso. Mesmo sem tanta posse de bola, criaram a melhor ocasião de golo do jogo: uma grande penalidade desperdiçada por Jorge Ribeiro. Para além disso, em desvios de Zé Kalanga e num remate do mesmo Jorge Ribeiro quase marcavam.

O Benfica respondera com remates de Cristian Rodriguez, Rui Costa e Cardozo (duas vezes) que também criavam perigo. Notava-se aliás que de cada vez que a equipa acelerava pelas alas, criava qualquer coisa. Primeiro através dos laterais, na parte final mais pelos alas. Na segunda parte, aliás, essa tendência acentuou-se. Como tudo.

No final foi evidente o desencanto encarnado. O Benfica fez tudo para merecer outro resultado, para ultrapassar o V. Guimarães e para resgatar o segundo lugar isolado. Não o conseguiu e, pior ainda, perdeu dois pontos para o rival Sporting. Que está agora a apenas precisamente dois pontos. A luta pelo segundo lugar está ao rubro

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Futebol 2007/2008 Empty Vinte Anos de Mentira (1ª PARTE)

Mensagem  Bernardo Costa Ter 08 Abr 2008, 17:25

Futebol 2007/2008 Arbitr10
A justiça do título conquistado pelo F.C.Porto nesta época de 2007-08 é inatacável. Embora beneficiando de dez golos irregulares ao longo da prova - Sporting, U.Leiria (3), P.Ferreira (2), Boavista, Leixões e Belenenses (2) -, cinco expulsões perdoadas (três delas a Bruno Alves em Matosinhos, Alvalade e Amadora, uma a Quaresma e outra a Lisandro nos Barreiros), e pese ainda os treze penáltis subtraídos ao Benfica e descritos em post anterior, tem que se admitir a maior regularidade exibicional dos portistas, a sua maior coesão, e o brilhantismo de alguns dos seus jogadores, nomeadamente os argentinos Lucho e Lisandro, que realizaram uma temporada extraordinária.
Efectivamente, mesmo sendo - respeitando a tradição - a equipa mais beneficiada da competição, tem que se dizer que o F.C.Porto foi também o melhor conjunto e, sobretudo, que não teve culpa dos erros de águias e leões, que cedo se suicidaram neste campeonato quer dentro quer fora das quatro linhas, com erros crassos de gestão desportiva próprios do mais cândido amadorismo. Sem interferências de arbitragem, possivelmente a festa não tinha ainda sido feita, mas, mais jornada menos jornada, a equipa de Jesualdo confirmaria o merecido título, até porque muitos dos lances referidos (embora nem todos) ocorreram em jogos nos quais os portistas acabaram por vencer folgadamente.
Isto todavia não apaga, nem pode branquear, todo o caminho histórico percorrido pelos dragões até aqui, designadamente desde o momento em que Jorge Nuno Pinto da Costa assumiu o poder – do F.C.Porto, e do futebol português.
Desde os anos oitenta muitos foram os casos, muitas foram as suspeitas. Quando vieram a público as escutas do Apito Dourado quase ninguém foi apanhado de surpresa, pois toda a gente mais ou menos ligada ao futebol sabia o que se passava. Tratando-se de situações difíceis de comprovar, e conhecendo-se a rede de influências e interdependências ardilosamente construída ao longo de duas décadas, tornava-se (e torna-se) difícil ver a justiça chegar a bom porto, para mais conhecendo-se a sua dramática lentidão e ineficácia, verificada nestes e noutros casos no nosso país.
No momento em que se vão julgar em tribunal um F.C.Porto-E.Amadora e um Beira Mar-F.C.Porto, disputados na melhor temporada de sempre dos dragões (com uma grande equipa e um grande treinador), é importante que se perceba que o problema está muito longe de se esgotar nesses dois episódios, nem eles serão certamente os mais relevantes de uma história repleta de mentira, corrupção e tráfico de influências. Pelo contrário, o que deve ser entendido das escutas – mesmo que o tribunal não o possa ou consiga fazer - é um panorama de subversão total e absoluta de uma lógica competitiva de isenção e transparência, que foi sendo a base para benefício de uns e prejuízo de outros, ao longo de muitas temporadas, e que valeu títulos, dinheiro, prestígio europeu, numa espiral que ainda hoje condiciona e subverte a hierarquia competitiva do futebol português.
É em nome da preservação dessa memória que este texto é publicado. É no fundo o repescar de um conjunto de episódios, factos e, nalguns casos, apenas rumores, que por si pouco poderiam representar, mas que em conjunto reflectem uma realidade à qual não podemos fugir, e a qual ninguém de bom senso deverá ignorar ou fingir que não existe ou existiu. Mesmo que, por questões processuais, a justiça acabe por não conseguir desempenhar o seu papel, a verdade não poderá ser esquecida nem branqueada, pois o que está em julgamento não é mais que a ponta de um iceberg escondendo uma sórdida teia de podridão que alicerçou o futebol português ao longo de mais de vinte anos. É importante que nos lembremos, a cada momento, a cada fim-de-semana, a cada jogo, como é que o F.C.Porto se tornou na máquina de vitórias que hoje é, não desfazendo, obviamente, da qualidade e profissionalismo de muitos dos jogadores e técnicos que passaram pelo clube, e aos quais provavelmente até terá escapado muito do lixo arrecadado nas traseiras dos seus triunfos.
Fica pois aqui, de A a Z, a memória de duas décadas de mentira:

A de ACÁCIO – Pouca gente se lembrará deste nome. Trata-se de um guarda-redes brasileiro que passou com discrição pelo Tirsense e pelo Beira Mar, e que só depois de regressar ao Brasil tomou a liberdade de falar sobre a sua aventura europeia. Confessou então que recebera pressões e propostas diversas para facilitar uma vitória do F.C.Porto em Aveiro, que valia (e valeu) o título nacional de 1993. O caso foi pouco falado, vivia-se ainda um clima de medo pré-Apito Dourado. Mas a recordação das suas declarações e desse campeonato permanecem bem vivas no meu espírito. Só não sei se foi nessa ocasião que, também em Aveiro, o jornalista Carlos Pinhão foi barbaramente agredido por elementos ligados ao F.C.Porto.
Uns anos antes havia sido o belga Cadorin, avançado do Portimonense, a acusar o empresário Luciano D’Onófrio de lhe prometer um bom contrato (em Portugal ou no estrangeiro), caso fizesse um penálti nos primeiros minutos de um Portimonense-F.C.Porto (“depois jogas normalmente”, ter-lhe-á dito). Com a saída do belga do futebol português, o caso acabou por morrer.

B de BENQUERENÇA – Olegário Benquerença protagonizou duas das mais escandalosas actuações da arbitragem portuguesa dos últimos anos. Na Luz, em Outubro de 2004, dois meses antes da detenção de Pinto da Costa, o árbitro leiriense e o seu assistente Luís Tavares foram os únicos que não viram (mais alguns que não quiseram ver…) uma bola rematada por Petit ser retirada de dentro da baliza portista por um desesperado Vítor Baía. No mesmo jogo já havia feito vista grossa a uma claríssima grande penalidade de Seitaridis sobre Karadas (que daria expulsão do grego no início da segunda parte), e mostrado um vermelho injusto a Nuno Gomes, que havia sido barbaramente agredido por Pepe. Um ano depois, em jogo da Taça de Portugal, foi o Sporting a vítima deste benemérito portista de longa data. Com mais uma exibição de “luxo”, Benquerença colocou os leões fora da Taça, poupando penáltis, e expulsando jogadores até achar necessário. Já antes de 2004 era um árbitro polémico, com arbitragens invariavelmente favoráveis aos portistas. Talvez por isso viu as portas de uma carreira internacional de sucesso serem-lhe escancaradas e, não se sabe bem como, poderá até estar no Euro 2008.

C de CALHEIROS – Os irmãos Calheiros – quem não se recorda dos gémeos e barbudos fiscais de linha, ladeando Carlos, o irmão mais velho – foram umas das muitas figuras sinistras da arbitragem portuguesa da década de noventa. Recordo particularmente um inacreditável penalti assinalado nas Antas por suposta falta de Mozer no empate 3-3 de 1993-94, bem como um jogo em Aveiro, na época anterior, concretamente na tarde soalheira de 16-5-1993, em que expulsou Yuran e Pacheco por supostas palavras, possibilitando a vitória ao Beira Mar, e dando o título ao F.C.Porto - que à mesma hora via um tal de Marques da Silva, do Funchal, expulsar estranhamente dois jogadores do Desp. Chaves e assinalar um penálti escandaloso que lhe permitiu virar o marcador para de 0-1 para 2-1 na difícil visita a Trás-os-Montes, quando águias e dragões seguiam, a três jornadas do fim, empatados em pontos. Mais do que essa e outras actuações, sempre em benefício dos mesmos, este trio ficou famoso pela célebre viagem ao Brasil, feita através da agência de Joaquim Oliveira, e paga pelo F.C.Porto. A investigação deste caso nunca foi devidamente feita. Com a PJ do Porto e o próprio MP aparentemente alinhados com o sistema, foi difícil durante muitos anos (e continua a sê-lo) avançar pelos caminhos da verdade.
Ao pé destes meninos, Calabote era possivelmente apenas um ingénuo aprendiz – e diga-se que o suposto e empolado caso Calabote, nos anos cinquenta, redundou apenas num título para o…F.C.Porto.

D de DUDA – Foi um dos meus primeiros contactos com a suja realidade do futebol português das últimas décadas. Jogava-se, já em plena segunda volta, a liderança do campeonato numa tarde chuvosa na Luz – foi este o célebre jogo em que Toni saiu a chorar por ter involuntariamente partido a perna de Marco Aurélio. O Benfica vencia por 1-0 desde os primeiros minutos com um golo de João Alves, mas já na ponta final do desafio, em recarga a um livre defendido por Bento, o brasileiro Duda em claríssimo fora de jogo empatou a partida. O F.C.Porto de Pedroto, e já com Pinto da Costa no departamento de futebol, seria campeão.
No ano antes o F.C.Porto tinha alcançado o título através de um livre duvidoso à entrada da área, que lhe possibilitou o empate (1-1) frente ao Benfica nos últimos minutos de um jogo nas Antas em que estivera em desvantagem desde o terceiro minuto, com um auto-golo de Simões, e em que vira a barra devolver uma bola cabeceada por Humberto Coelho. Era o início de uma longa e podre história.

E de EXPULSÕES – A dualidade de critérios nos jogos do F.C.Porto foi desde os anos setenta uma constante. Todo o anti-jogo lhes foi sempre permitido (recordo por exemplo os empates a zero na Luz em 1989, 1990 e 1993), as agressões de Frasco, Fernando Couto, Paulinho Santos e Jorge Costa raramente foram punidas – este último quando se sentia pressionado atirava-se para o chão e punha assim fim aos lances -, mas aquilo que talvez tenha sido o emblema desta realidade foram as sistemáticas expulsões de jogadores encarnados sempre que jogavam frente aos portistas. Nos últimos vinte anos foram mostrados 23 (!!!) cartões vermelhos a jogadores do Benfica em clássicos com o F.C.Porto para todas as competições. A saber, e por ordem alfabética: Abel Xavier 94-95, Dimas 94-95, Eder 02-03, Escalona 99-00, Hélder 94-95, Isaías 91-92, João Pinto 94-95, 97-98 e 98-99, Miguel 02-03, Mozer 92-93, Nuno Gomes 04-05, Nelo 94-95, Pacheco 88-89, Ricardo Rocha 02-03 e 03-04, Ricardo Gomes 95-96, Rojas 99-00, Rui Bento 91-92, Tahar 96-97, Vítor Paneira 94-95, Veloso 87-88 e Yuran 92-93. Para se ter uma ideia da força deste número, digamos que nos oitenta anos de história anteriores (1907 a 1987) foram expulsos apenas 10 jogadores do Benfica em jogos com o F.C.Porto, ou seja, em apenas vinte anos foram expulsos mais do dobro dos que haviam sido em toda a restante história do futebol português. Este tem sido um aspecto fulcral da perseguição ao Benfica e da protecção ao F.C.Porto, e que muitas vezes impediu outros resultados, nomeadamente a norte, onde a maioria daquelas expulsões teve lugar. Por vezes foi também em vésperas de deslocações às Antas que as expulsões cirurgicamente ocorreram. Foi o caso de Preud’Homme, em 1995-96 e Miccoli no ano passado, curiosamente dois grandes jogadores que nunca haviam sido expulsos em Portugal, e nunca voltaram a sê-lo depois dessas ocasiões.
Também os penáltis marcados a favor do F.C.Porto e subtraídos ao Benfica foram uma constante nas deslocações às Antas (por exemplo 89-90, 92-93, 93-94 no primeiro caso; 91-92 no segundo). Mas até na Luz, em jogo decisivo para o título de 1991-92 isso aconteceu, com o marcador a ser aberto já a meio da segunda parte num lance fora da área entre Rui Bento e Rui Filipe, que valeu o primeiro golo portista e a expulsão do benfiquista. O F.C.Porto, a jogar contra dez, venceria por 2-3. O árbitro era Fortunato Azevedo, que já na primeira volta subtraíra uma grande penalidade ao Benfica e expulsara Isaías, em jogo que terminou empatado a zero.
Os golos anulados a Kandaurov em 1997-98, e Amaral em 1994-95, além do caso Benquerença em 2004-05, também são dignos de figurar neste negro registo de clara e inequívoca parcialidade. Sem falar nas célebres defesas de Vítor Baía fora da área, sem cartão nem punição.


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Futebol 2007/2008 Empty Vinte Anos de Mentira (2ªPARTE)

Mensagem  Bernardo Costa Ter 08 Abr 2008, 17:26

(...)F de FAMALICÃO – Foi um dos muitos escândalos da era Lourenço Pinto/Laureano Gonçalves (fim de oitentas princípio de noventas) – a pior de todas na arbitragem portuguesa. Com o campeonato de 1992-93 ao rubro, o F.C.Porto deslocou-se ao então difícil recinto do Famalicão. Quase seis minutos depois da hora o árbitro José Guimaro - mais tarde condenado por corrupção no caso Leça - arquitectou um absurdo penálti para dar a vitória ao F.C. Porto. João Pinto converteu e o F.C.Porto, com estas e outras (ver Acácio e lembrar o penálti de Rui Bento sobre Rui Filipe na Luz), alcançou um dos títulos mais nebulosos da história do futebol português.

G de GERALDÃO – O central brasileiro Geraldão, bem como o lateral esquerdo internacional Branco, eram especialistas na cobrança de livres directos. Como tal, as arbitragens mostravam-se extremamente zelosas sempre que algum jogador portista caía nas imediações da área (e eram muitos a fazê-lo de forma deliberada), assinalando de pronto livres que frequentemente acabavam em golos. O F.C.Porto do início da década de noventa venceu muitos jogos assim. Recordo um Benfica-F.C.Porto de 1990 em que foi assinalada perto de uma dezena de livres nas imediações da área encarnada, quase todos simulados. Por sorte, nesse dia Geraldão estava com a pontaria desafinada, e o resultado acabou em branco. Mas o título voou para norte…

H de HILÁRIO – Tal como Acácio e Cadorin, o agora guarda-redes do Chelsea foi outra das figuras sobre a qual se ouviram rumores de possível suborno ou pressão quando defendia, por empréstimo do F.C.Porto, as redes do Estrela da Amadora. Neste caso não foi o próprio a assumir, mas sim terceiros a acusar. Foi uma história que também acabou por morrer nos silêncios do medo. Nos últimos anos falou-se também de Rolando do Belenenses, eternamente apalavrado com os dragões.
Ao longo dos últimos tempos muitos têm sido também os jogadores emprestados pelo F.C.Porto a clubes da primeira divisão (situação que deveria ser proibida), conseguindo com isso atirar algum charme para cima dos seus dirigentes - sempre conveniente na hora das contratações - e simultaneamente amaciar adversários. Durante muitos anos os clubes da Associação de Futebol do Porto (Leça, Leixões, Tirsense, Penafiel, Varzim, Rio Ave, Salgueiros, Paços de Ferreira, etc) foram a este nível verdadeiros parceiros do F.C.Porto na sua rota rumo ao domínio, a bem ou a mal, do futebol português. Isso notava-se com clareza nos resultados e nas exibições. E de certo modo ainda nota, caso estejamos bem atentos.
Nesta mesma edição da liga, o F.C.Porto tem jogadores emprestados a Sp.Braga, Belenenses, Leixões, V.Guimarães, V.Setúbal, Académica e E.Amadora. Também U.Leiria e Marítimo têm tido relações privilegiadas com os dragões, sem contar a Liga de Honra, território quase todo submerso na rede de interdependências criada pelo F.C.Porto e seus próximos, ou não tivesse sido ela criada mesmo para esse efeito. O Alverca foi filial do Benfica (embora depois tenha servido para retirar jogadores como Deco da Luz e vender-lhe monos a preços de luxo), mas a satelização de clubes da primeira divisão tem sido ao longo dos anos uma das armas do F.C.Porto. Alguns clubes chegaram a receber quase meia equipa emprestada pelos dragões. Refira-se ainda que a quantidade de treinadores ex-jogadores portistas, conotados com o F.C.Porto e imbuídos da cultura do clube, orientando clubes da liga principal nos últimos anos, é extraordinariamente vasta: Carlos Carvalhal (que ainda na Taça da Liga festejou um golo virando-se para o banco encarnado e gritando f..d..p), Carlos Brito, Jaime Pacheco, Jorge Costa, Domingos Paciência, António Sousa, António Conceição, José Mota, Augusto Inácio, Eurico Gomes, Octávio Machado, António Oliveira, Rodolfo Reis, Paulo Alves, José Alberto Costa, para referir apenas os que me vêm no imediato à memória. Se em muitos destes casos seria injusto especular acerca do menor empenho das equipas, percebeu-se quase sempre, nas flash-inteviews, um pudor extremo em falar de arbitragens nos jogos contra os dragões, e uma fúria incontida caso os supostos prejuízos se dessem com outros clubes, designadamente o Benfica.

I de ISIDORO RODRIGUES – Este árbitro viseense foi um verdadeiro Benquerença da década de noventa. Muitos foram os jogos em que beneficiou o “seu” F.C.Porto, e sobretudo aqueles em que prejudicou o Benfica, por vezes sem sequer se preocupar com as aparências. Recordo com particularidade um Benfica-Boavista (1995-96) em que Isidoro virou o resultado quase sozinho, expulsando três jogadores do Benfica (entre os quais João Pinto), assinalando um penálti fantasma e validando um golo em fora-de-jogo; bem como um Varzim-Benfica para a primeira jornada de 2001-02, em que o árbitro só apitou para o final do jogo quando o Varzim chegou ao empate, nove (!!) minutos depois da hora, e já depois de ter expulsado os benfiquistas Cabral e Porfírio, e marcado o penáltizinho da ordem, começando a liquidar desde logo as aspirações benfiquistas numa época em que muito apostavam (contratações de Simão, Drulovic, Zahovic, Mantorras etc).

J de JOÃO ROSA – Estava-se em 1985-86 e o campeonato seguia animado com a luta Benfica-F.C.Porto na frente da tabela. Este árbitro eborense foi nomeado para um Salgueiros-Benfica, no qual acabou por só não meter a bola dentro da baliza dos da Luz com as suas próprias mãos. De resto fez tudo para o Benfica perder pontos, acabando por “conseguir” um empate a um golo. O sistema estava a atingir o auge dos seus tempos mais tenebrosos.
Outro Rosa, mas este Santos (embora apenas de nome…), foi também figura de proa do sistema que construiu a hierarquia do futebol português que hoje temos. Uma vez em Loulé, permitiu a marcação de um livre sem ter apitado nem os jogadores algarvios terem formado barreira. Esse lance valeu uma eliminatória da taça para o F.C.Porto. Hoje continua a fazer alguns favores aos dragões, comentando arbitragem no jornal “O Jogo”.

K de KANDAUROV – Seria necessário muita pesquisa ou imaginação para encontrar na história do desporto-rei um golo anulado tão limpo como o que este médio ucraniano marcou no Estádio das Antas em 1997-98, num jogo que poderia dar novo rumo a esse campeonato. O F.C.Porto venceu por 2-0, golos de Artur, depois de ser dominado na maior parte do tempo, fruto de uma grande exibição de Poborsky, que se estreava de águia ao peito. Uma arbitragem ultra-tendenciosa de António Costa não permitiu a vitória encarnada.
Outro golo limpo anulado igualmente célebre foi na Supertaça de 1994-95, também nas Antas (onde, assim, era naturalmente difícil marcar), ao extremo campeão de Riad, Amaral. Sem falar em Benquerença.

L de LOURENÇO PINTO –O advogado de Valentim Loureiro no início do caso Apito Dourado, o homem que avisou Pinto da Costa das buscas a sua casa e lhe permitiu a fuga, foi, por surreal que pareça, presidente do Conselho de Arbitragem da FPF no início dos anos noventa, por indicação, claro, da Associação de Futebol do Porto, presidida por o recentemente falecido Adriano Pinto, e que sendo maioritária, pôde sempre optar por manter na sua “posse” aquele “precioso” conselho, em detrimento até mesmo da própria presidência da FPF (que deixava para Lisboa, mas só tratava da selecção nacional). Os seus tempos foram dos piores da história da arbitragem portuguesa, e valeram vários títulos ao F.C.Porto, que tão bem protegido nem precisava de jogar muito para vencer. Com equipas onde pontificavam Vlk, Bandeirinha, Tozé, Paulinho César, Kiki, Raudnei, Barriga ou António Carlos, conseguiu vencer campeonatos ao Benfica de Paulo Sousa, Rui Costa, João Pinto, Vítor Paneira, Futre, Mozer etc. Lourenço Pinto foi pois um verdadeiro Maradona no campeonato português. Laureano Gonçalves e Fernando Marques seguir-lhe-iam o exemplo. Sobre Pinto de Sousa não é necessário acrescentar mais nada aquilo que tem sido veiculado no âmbito do Apito Dourado.
O caso Francisco Silva – que se terá autonomizado do sistema, depois de ser um dos seus principais interpretes – é algo que merecia ser melhor estudado e investigado, e no qual talvez se encontrassem algumas das origens de todo este tenebroso caminho. O juiz algarvio foi “tramado” por Lourenço Pinto, certamente por saber demais, vendo-se irradiado. Recorde-se que foi apanhado com um cheque na mão no balneário em Penafiel.

M de MAIA – Quando vejo toda a polémica em torno do Estoril-Benfica de 2005, disputado no Algarve, e me lembro da quantidade de jogos que o F.C.Porto disputou fora de casa na…Maia, até me dá vontade de rir. Com o pretexto das transmissões televisivas – negociadas pela Olivedesportos – o Estádio Municipal da Maia, um bocadinho mais perto das Antas que o Algarve da Luz, serviu para diversas equipas “receberem” o F.C.Porto. Os resultados eram óbvios, e suponho que os portistas nunca tenham perdido um ponto que fosse nessas “deslocações”. Com Damásio na presidência do Benfica, estes eram aspectos que passavam totalmente em claro. Pinto da Costa e o F.C.Porto agradeciam. Foram os anos do “penta”.

N de NORTE – O povo do norte tem sangue na guelra. Para o melhor o para o pior. Nas Antas, por exemplo, não eram só os jogadores e os árbitros que tinham de enfrentar a pressão de figuras como o Guarda Abel (que exibia armas em pleno túnel de acesso aos balneários), ou os simpáticos “Super Dragões”. Também os jornalistas sofreram na pele sempre que revelaram a coragem de afrontar o super-poder tentacular e mafioso que por ali reinava. Lembro-me de um célebre F.C.Porto-Nacional, em que foram os próprios repórteres televisivos a serem objecto da fúria dos adeptos, sem que ninguém lhes tivesse valido, qual território sem lei, qual fanatismo elevado à potência máxima.
Fala-se também aqui da agressão a Carlos Pinhão, das ameaças de morte a João Santos e Gaspar Ramos, podia-se falar das agressões a Marinho Neves, a Ricardo Bexiga, a Rui Santos e a muitos outros anónimos que, como inclusivamente eu próprio, já foram objecto de ameaças várias.
Noutras modalidades, esta pressão intimidatória tem sido e continua a ser uma das armas dos dragões que, ao contrário do que se passa em Lisboa, contam com forças policiais domesticadas (para além do MP, da PJ, também a PSP lá parece funcionar de forma diferente). No Hóquei em Patins já caíram petardos na cabeça de jogadores do Benfica, sem que tivesse acontecido nada. No Basquetebol ainda no ano passado houve distúrbios que passaram impunes.
O ódio a Lisboa foi sempre uma matriz de Pinto da Costa e do seu F.C.Porto, mistificando o facto de haver muitos benfiquistas no norte, e o Benfica não ser, longe disso, representativo exclusivo da capital portuguesa, onde existem dois clubes grandes. Na verdade, esse ódio – de consequências por apurar na coesão do nosso pequeno país – não foi mais que um instrumento de aglutinação de tropas e manutenção e endeusamento de um poder com laivos fascizantes quanto ao seu fanatismo. Isto virou-se sempre contra a selecção nacional, a qual foi amplamente penalizada pelo desprezo e/ou instrumentalização de que foi alvo. Até chegar Scolari…

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Futebol 2007/2008 Empty Vinte Anos de Mentira (3ªPARTE)

Mensagem  Bernardo Costa Ter 08 Abr 2008, 17:27

(...)O de OLIVEIRAS – Juntamente com o irmão António, Joaquim Oliveira foi elemento determinante na consolidação do poder portista. Ainda hoje o clube da Luz tem as suas transmissões televisivas extremamente sub-avaliadas, face à popularidade e audiências de que desfruta. Faz-me alguma confusão Joaquim Oliveira ser accionista de referência da SAD benfiquista, e ninguém se preocupar com isso.
Já o irmão António (o do caso Paula, dos carimbos falsificados no caso N’Dinga, e das polémicas do Coreia-Japão), ex jogador e treinador do clube portista, protagonizou em 1992 um episódio curioso e revelador. Treinava o Gil Vicente e na primeira volta, nas Antas, fez entrar um tal de Remko Boere a um minuto do fim com o resultado em branco. Esse jogador, que quase nunca havia jogado na equipa, nesse minuto apenas, fez um penálti caricato e recebeu ordem de expulsão. O F.C.Porto venceu 1-0. Na segunda volta, em Barcelos, com o F.C.Porto já campeão, o Gil venceu por 2-1 e salvou-se da descida à segunda divisão. Tudo em família portanto…

P de PROSTITUTAS – Já muito antes de rebentar o Apito Dourado se ouvia falar de orgias de prostitutas com árbitros. Até na segunda divisão isso acontecia, e quem conheça pessoalmente alguém ligado à arbitragem facilmente perceberá do que estou a falar. Marinho Neves também já havia falado dessa realidade, muitos anos antes de António Araújo entrar no mundo do futebol, e de se ouvir falar em Apito Dourado.
O envolvimento com prostitutas é uma forma de pressão extremamente eficaz. Se por um lado premeia e vicia, por outro permite sempre chantagear, mantendo nas mãos, quais marionetas, quem por uma vez cai nessa rede, nomeadamente através de câmaras de filmar ocultas. Estando muitas das casas de alterne da zona do grande Porto ligadas a Reinaldo Teles, é fácil perceber a potencialidade deste esquema.

Q de QUINHENTINHOS – Por falar nele, Reinaldo Teles tem passado estranhamente pelo meio dos pingos da chuva do processo Apito Dourado. Mas foi ele que apareceu ligado ao célebre caso dos “quinhentinhos”, em finais dos anos noventa, numa conversa no âmbito do caso Guímaro, que nunca foi devidamente esclarecida. Outro dos casos que se perderam na impunidade com que toda esta temática se debateu ao longo dos anos. Sobre ele, há também quem diga que parte do dinheiro da venda de Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira foi para pagar dívidas suas no casino de Espinho. Mas isso são contas de outro rosário e pouco interessam ao caso.

R de RAÇA – A equipa do F.C.Porto sempre foi admirada pela sua raça, mas algumas foram as vozes que, à boca pequena, se referiram à natureza dessa “raça”. Luciano d’Onofrio, o bruxo “brasileirinho” e sobretudo o Dr.Domingos Gomes, talvez saibam mais do que a generalidade dos adeptos acerca da capacidade competitiva com que os jogadores do F.C.Porto sempre se apresentaram em campo, mesmo quando muitos deles não apresentavam os mesmos índices, nem pela selecção, nem quando saíam para outros clubes. O Dr. Domingos Gomes era, e é, um dos grandes especialistas europeus em (anti)dopagem, e os jogadores portistas tinham, nos anos noventa, fama de levar frascos dentro dos bolsos do roupão já cheios para o controlo anti-doping.

S de SPORTING – Sempre me pareceu incompreensível o posicionamento do Sporting em toda esta história. O clube de Alvalade sempre se queixou, e muito, mas nunca percebendo, ou não querendo perceber, onde estava realmente a origem do problema. Apenas Dias da Cunha pareceu a dado passo ter entendido tudo, mas acabou escorraçado da presidência do clube, muito fruto de um pacto que estabelecera com o Benfica a este propósito, e que foi muito mal aceite em Alvalade pelos ortodoxos da rivalidade lisboeta.
O Sporting, seus adeptos, e muitos dos seus dirigentes, na cegueira de uma fratricida rivalidade com o Benfica, sempre olharam de lado tudo o que se pudesse parecer com corrupção, mas não envolvesse o clube da Luz. Se o Apito Dourado tem atingido o Benfica, outro galo certamente cantaria, pois ferir o Benfica era tudo o que muitos sportinguistas mais quereriam, mesmo não tendo o clube da Luz vencido mais que um campeonato nos últimos catorze anos. Sendo com o Porto, pouco lhes parece interessar. Aliás, parece-me que cada vez mais as vitórias portistas vão sendo compartilhadas pelos leões – só pelo prazer de ver o odiado Benfica perder -, bastando ver o que se passou e Lisboa nas comemorações do tri.
Compreende-se de algum modo a questão emocional, mas esta postura não encerra qualquer tipo de racionalidade, acabando por ser responsável, por omissão, por muito do que tem sido o futebol português. Exemplo disto foi a época 2004-05, em que com Pinto da Costa no banco dos réus, o Sporting e as suas vozes, ao invés de aproveitarem a ocasião para, juntamente com o Benfica, varrerem de vez toda a porcaria do futebol português, viraram agulhas para um rol de acusações ao Benfica, a Vieira e a Veiga, que acabou por beneficiar objectivamente o F.C.Porto, num momento em que este estava verdadeiramente de gatas, e em risco de tão depressa se não levantar. Resultado: o Benfica foi à mesma campeão, e o F.C.Porto reergueu-se, conquistando este tri, não sobrando nada para Alvalade.
Os sportinguistas deveriam reflectir sobre isto: Em 1982 o Sporting era claramente o segundo maior clube português, agora é claramente o terceiro…

T de TÍTULOS – Se o título de 2003-04, com Mourinho, foi de justiça indiscutível, mau grado as investigações terem incidido sobre essa época, outros houve em que as coisas não foram assim tão cristalinas. 85-86, 89-90, 91-92 e 92-93 foram temporadas em que a verdade desportiva foi completamente adulterada, e em que o campeão deveria ter sido, tem que se dizer, o Benfica. No final dos anos 90, já com o poder sedimentado, e fruto da desorganização interna do Benfica, a facilidade com que o F.C.Porto chegou ao penta não permite afirmar que, sem sistema, não fosse igualmente campeão. Mas a embalagem já era grande. Neste século as coisas melhoraram ligeiramente. Ainda assim, as épocas de 2001-02 e 2002-03, talvez por haver um maior temor do Benfica pós-Vale e Azevedo, foram épocas de mentira Lembram-se do Benfica-Sporting 2-2 apitado por Duarte Gomes (o afilhado de Guilherme Aguiar, então director executivo da Liga), ou do Boavista-Benfica 1-0 da semana seguinte apitado por Pedro Proença, em que Simão foi abalroado dentro da área sem que nada acontecesse ?.
A estratégia foi nesta fase sempre a mesma: beneficiar o F.C.Porto e prejudicar o Benfica nas primeiras dez jornadas (em que com menos dramatismo as coisas passavam melhor…), ganhar vantagem, e assim desmobilizar adversários e galvanizar acólitos.

U de ÚLTIMOS TEMPOS – A partir de 2004, fruto das vicissitudes do Apito Dourado, a situação melhorou consideravelmente. A incompetência dos árbitros naturalmente não desapareceu por magia, mas passou a haver a sensação de errarem para todos os lados de forma menos discriminada. Contudo, na época de 2004-05, a pressão anti-benfiquista e a respectiva tentativa de condicionamento foi tanta que por pouco não tinha retirado o título aos encarnados, na época de Benquerença, da roubalheira de Penafiel (Pedro Proença não quis ver quatro grandes penalidades !!), do penalti por marcar em Coimbra sobre Sokota, do golo limpo anulado a Nuno Gomes frente ao Marítimo com o resultado em 3-3, do agarrão pelas costas a Nuno Gomes com o Belenenses, do golo sofrido directamente de livre indirecto contra o Nacional, do penálti fantasma marcado por Jorge Sousa em Guimarães num salto de Romeu com Luisão, do penálti sobre Geovanni em Setúbal não assinalado com o resultado ainda em branco, e por outro lado, nos jogos dos dragões, de uma expulsão surrealista de Juninho Petrolina num jogo contra o Belenenses, do golo de Fabiano nos Barreiros dois metros fora-de-jogo, do golo também off-side de McCarthy ao Penafiel em casa, do golo validado após falta de Jorge Costa sobre Ricardo no Porto-Sporting, das agressões impunes de McCarthy, Fabiano, Costinha e Jorge Costa, do penálti escamoteado a Lourenço no Restelo, do domínio com a mão de McCarthy no golo ao Rio Ave, etc etc.
Em 2006-07 o campeão podia ter sido o Sporting, não fosse o golo com a mão do Paços de Ferreira em Alvalade, e em 2007-08, caso os seis pontos tivessem sido retirados em tempo útil aos portistas, o campeonato poderia ter sido outro. Isto no pressuposto que o clube de Pinto da Costa não tinha descido à segunda divisão na época 2005-06, como teria acontecido se estivéssemos em Itália, França, Espanha, Alemanha ou Inglaterra, e a nossa justiça não tivesse um “quê” de tanzaniana.
Destaque nestas últimas épocas para as arbitragens do portuense Paulo Costa. Uma na Amadora há dois anos, e uma na Luz recentemente com o Leixões, em que ficou demonstrado existirem ainda resquícios de um tempo que se julgava já passado. Lucílio Baptista nos dois últimos domingos também mostrou algum zelo em deixar essa ideia bem vincada.

V de VERY-LIGHT – O termo entrou na história na sequência da final da Taça de 1995-96, em que um irresponsável qualquer atirou um para a bancada oposta matando um adepto do Sporting. Sem a mesma gravidade humana, mas com influência desportiva acrescida, houve um caso nas Antas (pois claro), pouco tempo depois, que raia o surrealismo. No momento da marcação de um penálti contra o Farense, com o resultado a zero, cai um very-light sobre a cabeça do guarda-redes nigeriano Peter Rufai. Com ele total e naturalmente desconcentrado, Jardel atirou para o fundo da baliza e o árbitro validou inacreditavelmente o golo, perante os protestos dos atónitos jogadores algarvios. Este caso simboliza o motivo porque técnicos estrangeiros respeitados como Camacho, Koeman ou Trapattoni, sempre disseram ser o F.C.Porto muito “respeitado” nos estádios portugueses.
Nas Antas aliás passava-se de tudo. Em 1991 no jogo decisivo para o título, os jogadores do Benfica foram obrigados a equipar-se nos corredores, pois o balneário tinha sido empestado de um estranho cheiro tóxico. Nesse dia o presidente João Santos e Gaspar Ramos foram ameaçados de morte pelo guarda-Abel, e a comitiva benfiquista foi apedrejada logo desde a saída do hotel, o que aliás era comum sempre que se deslocava ao Porto – ao contrário, diga-se, do que acontece em Lisboa, onde os jogadores do F.C.Porto se passeiam a pé livremente nas imediações do hotel Altis onde costumam pernoitar.

X de XISTRA – É um dos artistas da nova vaga. Nas últimas épocas realizou na Luz uma das arbitragens mais escandalosas de que me lembro ultimamente, em jogo do Benfica frente ao Beira Mar no qual expulsou de forma alarve Miccoli, impedindo-o de jogar no Estádio do Dragão na jornada seguinte. Na época anterior viu e assinalou de forma anedótica um penálti a favor do F.C.Porto, quando um jogador do Marítimo cortou com a cabeça uma bola que ia para a baliza. O lance seria corrigido pelo árbitro auxiliar, mas mostrou bem porque é que Xistra começa por X.

Z de ZÉ PRATAS – Zé Pratas é da minha terra e é bom rapaz. Não creio que tenha estado alguma vez directa e decididamente ligado a corrupção, e talvez por isso nunca chegou a internacional. Chamo-o para aqui por me recordar de uma Supertaça disputada em Coimbra, na qual após assinalar um penálti, Fernando Couto correu metade do campo atrás dele, e ele sempre a recuar, a recuar, sem que sentisse força para tomar a atitude que se exigia: expulsar o irmão da actual directora executiva da Liga de Clubes.
Essa imagem, define bem o ambiente que se vivia no futebol português da altura. Como uma imagem vale mais que mil palavras (foto no início do post), essa espelhou bem o que era o medo e o poder. O medo terá entretanto desaparecido, mas o poder ainda prevalece. Até quando ?"
in http://vedetadabola.blogspot.com
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Futebol 2007/2008 Empty Luís Filipe Vieira deixa recados a FC Porto e V. Guimarães

Mensagem  Bernardo Costa Ter 08 Abr 2008, 17:44

Futebol 2007/2008 Lfv910

O presidente do Benfica não recua um milímetro relativamente às acusações que fez quanto à existência de jogos viciados na Liga portuguesa. Elogia o comportamento e a coragem da Liga de clubes e continua inconformado com «o azar que o Benfica tem sempre com Lucílio Baptista»
E nem Pinto da Costa — «nunca recebi árbitros em minha casa» — nem Emílio Macedo — «não preciso de ter nenhum irmão a trabalhar na Comissão de Arbitragem para avaliar o desempenho dos árbitros» — escapam às farpas lançadas por Luís Filipe Vieira, no rescaldo do jogo do Bessa.

Em entrevista a A BOLA que hoje está nas bancas, Luís Filipe Vieira omite o secretário de Estado Laurentino Dias e louva o ministro Silva Pereira, revela que entregou nos órgãos próprios uma relação dos erros que entende terem penalizado, até agora, o Benfica.

E mais: não descarta apoiar uma intervenção do Governo na FPF.
in"jornal "A BOLA"
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